SIRIOS E APOIADORES CELEBRAM A QUEDA DE BASHAR NA CAPITAL PAULISTA

Na tarde de hoje, domingo, dia 08 de dezembro de 2024, vários sírios, descendentes e outros manifestantes, se reuniram na Avenida Paulista, próximo a estação de metrô Brigadeiro, em São Paulo, capital, para celebrar a queda do governo de Bashar al-Assad, que foi anunciada por rebeldes no país na manhã de hoje. 

Bashar al-Assad estava no poder no país desde o ano 2000, e seu pai, Hafez al-Assad havia governado o país de 1971 até sua morte em 2000, ou seja, juntos a família al-Assad governou a Síria com mãos de ferro por 53 anos. E desde o ano de 2011 a Síria vinha enfrentando protestos e uma Guerra Civíl onde o ditador se uniu a Rússia e Irã, além do grupo paramiliatar libanês Hezbollah, para enfrentar os rebeldes e grupos terroristas que assolavam o país. O governo sírio venceu o Estado Islâmico em 2018, porém outros grupos armados se fundiram e formaram o Hayat at-Tahrir as-Shams (Organização pela Liberdade da Síria, cuja sigla é HTS) e permaneceram no controle de Idlib, de onde no final de novembro desse ano lançaram uma ofensiva e tomaram Alepo, Homs e Hama, cidades chaves no caminho para Damasco. Nesse sábado o grupo entrou na capital síria praticamente sem oposição, e Bashar al-Assad fugiu do país.

No mundo todo diversos sírios refugiados dessa terrível guerra, e outros que já viviam no exterior, comemoraram a queda de Bashar al-Assad, um marco histórico para o país, e até já existem relatos de refugiados em países vizinhos retornando para a Síria. E não foi diferente em São Paulo, onde há uma grande comunidade síria, que se reuniu com outros apoiadores na tradicional avenida Paulista para celebrar na tarde desse domingo após verem as notícias que chegavam do país. Mas por que tamanha manifestação? Bashar al-Assad e seu pai eram de uma minoria religiosa do país, os xiitas alauítas, e não representavam de fato os anseios da população, que eram em sua imensa maioria sunitas. Além disso ele governou o país com mãos de ferro, e quando começaram as manifestações em 2011 como um produto da Primavera Árabe, ele massacrou os manifestantes sem tentar qualquer entendimento. Com isso o apoio popular que ele tinha foi caindo, e por isso agora os sírios comemoram sua queda. 

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